O perigo mora ao lado, da ceia
A ceia de Natal pode ser light, relaxe. Antes de culpar o peru pelas oscilações de peso durante as festas de fim de ano saiba que o perigo principal se esconde em delícias bem mais discretas, que não costumam freqüentar o centro da mesa. Elas circulam em potinhos enfeitados e ocupam sorrateiramente cada canto da sala enquanto familiares ou amigos se distraem em conversas animadas. São grãos de amendoim, fatias de salame, bolinhas de mussarela e azeitonas de várias cores: os pequenos traidores do regime. "Esses petiscos são mais calóricos que o próprio jantar. Em janeiro, as pacientes costumam voltar com dois quilos a mais", diz a professora Cibele Crispim, doutora em nutrição pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Alguns aperitivos, além de comprometerem a boa forma, ameaçam a saúde de quem é sensível ao excesso de sal, gordura ou açúcar, como hipertensos e diabéticos. "Ao consumir 25 azeitonas teremos ingerido a quantidade diária de sal recomendada pela Organização Mundial de Saúde: 6 gramas. O sal abusivo terá efeito imediato sobre a pressão, o que pede cuidado ao hipertenso", indica o nutrólogo Daniel Magnoni, mestre em cardiologia pela Unifesp e responsável pelo Serviço de Terapia Nutricional do Hospital do Coração.
O sal é o principal vilão das entradinhas de festa. Para controlar seu excesso ele sugere algumas trocas funcionais: mussarela tradicional pelo queijo de búfala, por exemplo. "A mussarela de búfala tem cerca de 20% a menos de sal", explica. As bolinhas, em contrapartida, são mais calóricas que a mussarela tradicional por conterem mais gordura. "O leite de búfala também contém mais proteína e lactose que o leite de vaca, além de boa concentração de ácido linoleico - associado com ações anticancerígenas", garante o médico e professor Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Para festejar sem prejudicar o estômago Ribas recomenda controlar a compulsão. "As extravagâncias alimentares são provocadas pela disponibilidade maior de comida nessas datas festivas e, conseqüentemente, surgem mais problemas de saúde relacionados ao aparelho digestório. O ambiente pode favorecer a fome compulsiva ou impulsiva, já que a censura à comida diminui. Isso favorece uma ingestão maior de alimentos e conflitos posteriores pelo ganho de peso e pela incapacidade de se manter controlado", diz Ribas.
Observação: o que é bom, deve ser válido para sempre, não?
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Fonte: Agência Estado
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