A alegria de uma pessoa se transmite, segundo os pesquisadores, aos amigos e aos amigos dos amigos, diferentemente da tristeza que dificilmente vai além da própria pessoa que está triste.
Os dados do estudo foram obtidos a partir de questionários preenchidos regularmente pela terceira geração de participantes do Estudo de Framingham que começou há 38 anos e vem acompanhando um grupo de pessoas e seus descendentes.
Os questionários permitiram a análise dos padrões de alegria de mais de 4700 pessoas e suas conexões com muitas outras pessoas como esposas, parentes, amigos, vizinhos e colegas de trabalho.
Aliás, com relação aos colegas de trabalho, a alegria só se transmite se essa outra pessoa for sua amiga, reforçando o conceito de que a transmissão se dá dentro de uma rede social.
A pesquisa foi realizada pelo mesmo grupo que já havia levantado a hipótese de que a obesidade e o tabagismo também são socialmente contagiosos.
A presença de um vizinho que está feliz aumenta em 34% as chances de uma pessoa se sentir feliz. A distância se mostrou um fator importante na disseminação da alegria.
Segundo o médico Nicholas Christakis, pesquisador-chefe do grupo, para que a alegria contagie ela deve ser vista pelo outro e que esteja fisicamente próximo.
Os cientistas ainda aconselham a
não se afastar de quem está triste. Além dessas pessoas não transmitirem a tristeza com facilidade, que tal espalhar a sua alegria e contagiar os outros?
Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.
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