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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Vovó não ouve


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Problemas de audição podem levar ao afastamento do convívio social e em família e, em casos mais graves, causar depressão.


Vovó está na sala, ouve as conversas, mas não demonstra entender o que é dito. Embaraçada, ela passa a se distanciar do convívio em casa e em outros ambientes. Quem tem esse tipo de caso na família deve ficar atento. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 10% da população mundial têm problemas de audição. No Brasil, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, 15 milhões de pessoas sofrem algum tipo de perda auditiva. Cerca de 350 mil não ouvem qualquer tipo de som. Na velhice, o problema é ainda mais grave. A presbiocusia, que é a perda de audição que se deve ao desgaste provocado pelo envelhecimento, se não tratada a tempo, pode causar sérios danos.

Há dez anos, a professora aposentada A.B.S., 77, passou a ter dificuldades para ouvir. Em casa, os sintomas que apresentava eram tratados como mera rabugice, distração, indisposição para o convívio social. O resultado foi uma depressão que se arrastou por muito tempo, até que ela resolveu procurar um médico. O diagnóstico foi imediato: perda de audição. "Eu ficava atordoada, principalmente quando havia muita gente e todos falando ao mesmo tempo. Quando fui ao médico, tive de fazer tratamento para a depressão e ele me aconselhou usar um aparelho. Estou bem melhor agora", relembra a professora.

A fonoaudióloga Cileide Obrich chama a atenção para alguns sinais de alerta: redução na percepção da fala, principalmente em ambientes ruidosos intolerância a sons de alta intensidade alterações psicológicas como a depressão, frustração, embaraço, raiva e medo dificuldade de comunicação com o médico e outros profissionais problemas de alerta em geral, como atravessar a rua e não ouvir a buzina. Esses são alguns sintomas que pedem um exame médico.

Os cuidados devem ser redobrados a partir dos 65 anos. "O próprio envelhecimento celular e as mudanças degenerativas e fisiológicas causam uma perda natural da audição. A partir dessa idade, as chances da surdez se manifestar aumentam consideravelmente", diz Cileide Obrich.

A fonoaudióloga faz questão de ressaltar que a depressão não causa a surdez. O que ocorre é o inverso. "A limitação em fazer coisas que geram prazer, como ir ao cinema, teatro ou até mesmo assistir televisão, e os problemas relacionados com a inutilidade perante a família são as principais causas da depressão decorrente da surdez", afirma.

Quanto mais cedo o idoso ou a família pedem ajuda profissional, mais fácil será tratar o problema. Os especialistas afirmam que é possível conviver, e bem, com o problema.

Atualmente, a solução mais comum é o aparelho auditivo. "O uso do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o idoso volte a ter habilidade de comunicação e, consequentemente, qualidade de vida. Mas somente o profissional poderá fazer essa indicação", pondera a fonoaudióloga.

FONTE:Maria da Luz Miranda


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