MUDAMOS DE ENDEREÇO

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MUDAMOS DE ENDEREÇO TODAS AS POSTAGENS DAQUI, ESTÃO LÁ. ABRAÇOS E OBRIGADA. silvia masc

domingo, 16 de novembro de 2008

Dicionário Caldas Aulete Está de Volta na Web


Ao escrevermos um texto, é comum termos dúvidas sobre o significado de uma palavra ou sua ortografia. Nessas horas, sempre acorremos aos dicionários para verificar como escrever corretamente um termo ou sua acepção.

No Brasil temos vários bons dicionários de português, entre eles o Auréliio e o Houaiss. Ambos estão disponíveis pela Internet, mas, infelizmente, apenas na versão paga.

Para quem deseja consultar um bom dicionário, mas sem pagar nada, minha dica é o iDicionário Aulete, baseado no Caldas Aulete. Muita gente ainda deve se lembrar deste último, que foi o principal dicionário de português no Brasil até o lançamento do dicionário Aurélio em 1975.

Publicado pela primeira em 1891 em Portugal, o dicionário teve sua primeira edição no Brasil em 1958. Com a estréia do Dicionário Aurélio em 1975 ele caiu lentamente no esquecimento, tendo sua última edição publicada em 1987.

Em 2007, ele foi comprado pela editora Lekikon, que criou uma versão digital do mesmo, o Aulete Digital. Essa edição aproveita os 220 mil verbetes da edição original e acrescenta novas definições e atualiza outras, tornando-o em uma excelente fonte de consulta para todo internauta. Em outubro de 2008 foi lançada a versão web. Segundo os editores, são agora 818 mil verbetes, definições e locuções disponíveis pela Internet.

Ele também é aberto à colaboração, se você tem algum novo termo que gostaria de indicar, basta acessar a página apropriada para enviar sua sugestão.

Quem usa o Firefox ou o Internet Explorer pode adicionar o dicionário à caixa de busca do navegador para agilizar a pesquisa.



O Aulete mostra a definição solicitada e também permite
aumentar a letra, como no blog Espaço Melhor Idade


Para saber mais dicas sobre uso de Internet, visite meu blog Nômade Bit.

Balanço de Vida

O sentir-se feliz é uma questão de predisposição interna, de modo de encarar e viver a vida. Isto pode ocorrer em qualquer idade, mas esta percepção, normalmente acontece na maturidade.

Na maturidade costumamos fazer um inventário dos lucros e prejuízos ou como diz Lya Luft das Perdas e Ganhos ocorridos no decorrer da vida.

Nesta época de mais equilíbrio e sensatez é possível, com serenidade, constatar as perdas que começam pela aparência (interiormente parece que elas não ocorrem com tanta intensidade), com os cabelos que começam a embranquecer, as manchas na pele, sinais, dificuldades de visão, de mobilidade, audição e até certo desânimo para quem passa pela síndrome do ninho vazio ou aposentadoria, sem qualquer preparação ou mesmo em função da queda hormonal cuja ocorrência é comum.

Com uma visão mais otimista e com bom humor (indispensável para se viver melhor) dá também para perceber as vantagens, como mais tempo livre, com possibilidade de maior participação social ou lazer, visto que já não existem os compromissos de trabalho que preenchem grande parte tempo. Isto, para quem começou a trabalhar cedo e teve a possibilidade de aposentar-se cedo, com plenas condições de usufruir deste período que antecede a terceira idade, com saúde, disposição e consciência de que a vida não acaba quando termina o trabalho, pois erroneamente costuma-se associar a aposentadoria como prenúncio de inutilidade, inoperância, menos valia, morte.

O indivíduo que tem uma boa auto-estima consegue fazer desta época, um período de fruição, quando ele , realmente, vai se dedicar à realização de pequenos sonhos (ou grandes, quem sabe?), de projetos que ficaram armazenados no sótão de sua memória durante anos, por impossibilidade financeira, por contingências de trabalho, de prioridades pessoais ou familiares, ou pelo curso natural da vida.

É época de reaproximar-se da natureza, de amigos de outras épocas, que o tempo escasso não permitia um convívio maior, ou de fazer novos, de diversificar atividades, de fazer novos aprendizados, enfim, de começar um novo ciclo.

É necessário perceber que a vida é feita de ciclos que se completam. Não há que lamentar o que se fechou, posto que nada é eterno. É, sobretudo, um processo de crescimento. A natureza assim nos ensina. Não teríamos a borboleta se o ciclo no casulo não tivesse se encerrado.

Importa é o amadurecimento que ocorre com a mudança. Isto dá uma certeza de renovação, de não estagnação.

O essencial é que em todos estes períodos da vida, tenhamos formado uma base sólida de fé, de otimismo, de esperança, de amor e que tenhamos agregado valor à nossa caminhada, sabendo manter neste percurso a companhia daqueles que nos são caros.


Isabel Vargas
Professora, advogada, aposentada do serviço público.
Atualmente escreve crônicas para jornal local bem como sobre máterias relacionadas à profissão

MÃE JUDIA – O RETORNO


Minha mãe leu o ensaio anterior. Ficou sem falar comigo!!! Por quatro horas. Foi o máximo que ela conseguiu. Um recorde. Disse que eu desconheço as regras da boa educação e que não se fala assim da própria mãe. Nem da avó e bisavó. Que isso é um desrespeito. Afinal, elas se matam por nós (sabemos que isso não é nenhuma novidade). Além disso, o que os outros vão pensar, disse ela. Que ela não soube me educar? Que não foi o suficientemente presente para que eu pudesse respeitá-la de forma mais adequada? Que ela não sabe cozinhar? Que caí na vida, desconsiderando toda essa grande luta dela? (Luta mesmo: para elas, tudo é muito difícil e penoso, sempre quintuplicado). Uma mãe judia, recebe a ligação da filha, que há algum tempo morava fora, numa cidade vizinha onde cursava a universidade: − Oi mãe... − O que aconteceu com você? (uma das características da mãe judia: sofrer por antecipação) − Nada mãe. Só liguei para dizer um “oi” e conversar um pouco. − Você não me engana. O que houve? Esse não é um horário que você costuma me ligar (as mães judias sabem exatamente o horário de cada coisa que fazemos). − Mãe, pára com isso. Eu só quero uma opinião... − Ta vendo? Eu sabia. O que aconteceu? Fale logo antes que eu realmente tenha um treco. Pode ser sincera com sua mãe. Você está grávida? Você está usando drogas? Você está presa? Você matou alguém? (as mães judias são fatalistas). − Nada disso mãe. Eu me casei.
Silêncio mortal. − Mãe? ... ... ... − Mãe? ... ... ... − Mãe, por favor, fale comigo. ... ... ... − Já ouvi. Não precisa gritar. Não sou surda. Apenas achei que iria infartar, mas passou. Foi só um susto. Como você pôde fazer isso com sua mãe? Como pôde me trair desta forma tão vil? O que eu e teu pai fizemos para você? Não fomos o suficientemente bons? Aonde nós erramos? Pode falar que eu agüento. Nada vai me afetar... − Mãe, não fala assim. Você bem sabe que é a melhor mãe do mundo. Mas queria te falar uma coisinha: ele é um bom rapaz, mas não é judeu. Novo silêncio mortal. ... ... ... −Mãe? ... ... ... − Mãe? ... ... ... − Não pode esperar um pouco? Não percebe que eu estou com falta de ar? Acho que vou precisar de um balão de oxigênio. Está vendo o que você fez? Você conseguiu. Está satisfeita? − Calma mãe. − Eu sempre estou muito calma. Se por acaso eu morrer, o telefone da Chevra Kadisha está na gaveta do meu quarto. Quero um lugar bem florido. Mas uma coisinha simples. Sem exageros. − Mãe, não faça isso. Ele é uma ótima pessoa. Até pensa em se converter. − Oh Deus. Você está me fazendo sofrer muito, sabia? Meu peito dói. Não sei se vou agüentar. − Calma mãe. As coisas não são tão graves assim. Nós apenas estamos passando por um momento difícil: ele está desempregado e fomos despejados. Pensamos em passar uns tempos aí, até as coisas melhorarem. O que a senhora acha? ... ... ... −Mãe? A senhora está aí? ... ... ... −Mãe? Responda... Eu to ficando aflita.

−Mãe, por favor... − Eu já ouvi. Estava apenas me recuperando da queda. E pensando neste seu problema. Mas já tenho a solução. − Sério Mãe? O que a senhora pensa em fazer? Vai poder mesmo nos ajudar? − Mas é claro. Ou você acha que eu sou uma daquelas mães desalmadas que não liga para os filhos? Você deveria saber disso. Não sei aonde errei, mas vamos fazer o seguinte: coloco você e esse seu sei-lá-quem no meu quarto. − Mãe, ele se chama Eduardo. − ado, mado, shmado, tanto faz. Melhor se fosse Moishe ou Yankel. Mas não é. Eu não merecia este tipo de genro. Acho que fui má para você. Mas Deus está vendo tudo. − Não fale assim dele. Ele é uma ótima pessoa. Mas voltando, aonde você vai colocar o papai? Aonde ele vai ficar? − Ele dorme no sofá da sala. − E a senhora, mãe? − Eu? Não se preocupe comigo. Vou ficar bem. Como assim, mãe? − Já disse, tudo vai ficar bem... − Mãe, responda, por favor. − Nada de especial. Assim que você desligar o telefone, vou me jogar pela janela. Dois dias depois a mamale pôde andar novamente: morava no andar térreo.E como de costume, não estava errada.



David Sergio Hornblas

Psicólogo/psicoterapeuta, especialista em desenvolvimento humano.
Professor universitário e pesquisador pelo CNPq/PUC-SP.
Musicista e Escritor Amador.
Você poderá ler outros textos do Dr. David:
aqui

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